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Ficha de inscrição workshop em Santa Maria

21-10-2014 21:44

Inscrição: até dia 15 de Novembro

sustentabibidadesma@hotmail.com; cidalia.figueiredo@cm-viladoporto.pt;

967515504, 914140122

Pretendo participar:

Saída de campo-dia 23 de Novembro

Sim

Não

Almoço-dia 23 de Novembro  2€

Sim

Não

Nome: __________________________________________________________

Habilitações Literárias: ___________________________________________

Idade: _______ Contato telefónico: _________________________________

Morada: ________________________________________________________ ________________________________________________________________

E-mail: _________________________________________________________

Pretende certificado de participação?

Sim

Não



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Programa do workshop na ilha de Santa Maria 21 a 23 novembro

21-10-2014 21:41

Dia 21 de Novembro

9,00:h Sessão de Abertura - Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto

9.15h: Apresentação do projeto: Dr . Maria Figueiredo

09.30h: Painel "Gestão de recursos naturais e sua sustentabilidade".-Moderador: Dr. Daniel Gonçalves - Estudante da Universidade Aberta.

* Engº Emanuel Veríssimo (Diretor de Serviços de Conservação da Natureza e Sensibilização Ambiental da Direção regional do Ambiente) "Estratégias Regionais de conservação da Natureza para a sustentabilidade da Região"

* Dr. Nelson Moura "Caraterização dos habitats propícios à conservação da Estrelinha de Santa Maria "Regulus regulus sanctaemariae"

10.30 - Coffe break

10.45h:

Dr. Ulisses Azeiteiro (Universidade Aberta) "Biodiversidade, Serviços de Ecossistema e Conhecimentos Locais"

11.45h: Debate: 45 minutos

12.30h às 14.00h: Almoço livre

14.00h: Painel "As atividades económicas e socias para o Desenvolvimento Sustentável".-Moderadora: Dr.ª Graça Morais - Delegada da Vice Presidência do Governo, Emprego e Competitividade.

* Diretor Regional do Turismo- " O Turismo Regional numa estratégia de Desenvolvimento Sustentável"

* Dr. Jorge Ponte-Geoparque Açores "Contributo do Geoparque Açores para o desenvolvimento sustentável na ilha de Santa Maria",

15.00h - Coffe break

15.15h:

* Dr. Jorge Pereira (Diretor do Departamento de Inovação e Empreendedorismo da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial Açores) "Dinâmicas empresariais inseridas numa perspetiva territorial de âmbito local"

* Dr. Luís Rodrigues - Assessor para as Pescas e Ambiente do Sr. Secretário Regional do Mar Ciência e Tecnologia "Sustentabilidade da Atividade Piscatória nos Açores"

16.15h: Debate


Dia 22 de Novembro

09.00h: Painel "Instrumentos de apoio  à sustentabilidade dos recursos" - Moderador: Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto - Carlos Rodrigues

* Arquiteto Paulo Macedo (Câmara Municipal de Vila do Porto) "Apresentação, gestão e evolução dos planos municipais de ordenamento do território"

* Dr.ª Rita Câmara (Diretora do Parque Natural de Santa Maria) "Instrumentos de gestão territorial em  áreas protegidas ou sensíveis"

10.00h - Pausa para café:

10.15h:

* Dr.ª Sandra Caeiro (Universidade Aberta) "Instrumentos de apoio à gestão territorial e do ambiente"

 10.45 h: Debate

12.30h - 14.00h: Almoço livre

14.00h: Painel "A educação ambiental na emergência do desenvolvimento sustentável" - Moderador: Sr. Fernando Jorge Silva - Presidente da Casa do Povo de Almagreira

* Dr.ª Sofia Freitas (Ecoteca Santa Maria) "O papel das Ecotecas na Educação Ambiental"

* Dr.ª. Joana Tavares (Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo) " Os centros de Interpretação na emergência do Desenvolvimento Sustentável"

15:00h - Coffe break

15:15h:

* Dr. João Fontes (Presidente do Conselho Executivo da escola Básica Integrada de Santa Maria) " A educação ambiental no projeto educativo da escola"

* Prof. Sérgio Ávila (Universidade dos Açores) "O impacto económico da investigação científica nos Açores: Santa Maria como caso de estudo".

16.15h: Debate: 30 minutos

16.45h - Aplicação do Questionário

17.00 - Sessão de Encerramento-Prof. Ulisses Azeiteiro

23 de Novembro

9.30 h: Concentração em frente à Biblioteca Municipal pelas,

Visita guiada a geossítios, áreas protegidas, locais de interesse económico, ambiental e social promovendo a discussão sobre estratégias de desenvolvimento sustentável da Ilha.

12.30h: Almoço ( Sopas de Império).

14.00h às 17.00h: continuação da saída de campo, com exemplos de atividades económicas com enfoque no património natural da ilha.






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Workshop na Ilha de Santa Maria Açores

21-10-2014 21:38

A Ilha de Santa Maria apresenta uma importância geológica, paisagística,
biodiversidade e geodiversidade, que se caracteriza por ecossistemas de grande
riqueza florística e faunística e de excecional singularidade biológica, com
habitats naturais e seminaturais, monumentos naturais e culturais, com
características geológicas e paleontológicas de grande relevo (Cachão et al.,
2003). Assim, há necessidade de a população e instituições locais serem mais
interventivos e participativos de modo a desenvolver um planeamento dos
recursos existentes da Ilha visando um desenvolvimento no âmbito dos
pressupostos das ações do desenvolvimento sustentável.

O Workshop, pretende estimular o debate conjunto com população, dirigentes
locais e investigadores, orientado para uma estratégia para a sustentabilidade
desta Ilha, tirando algumas conclusões que possam ser aplicadas em ilhas com
especificidades semelhantes às de Santa Maria.

Participe e divulgue



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Património Mundial da UNESCO

15-06-2014 23:08

A UNESCO adotou em 1972 a Convenção do Património Mundial, Cultural e Natural, que tem por objetivo proteger os bens patrimoniais dotados de um valor universal excecional.
Em 1976, foram criados o Comité do Património Mundial e o Fundo do Património Mundial, conforme determinado pelo texto da Convenção.
Em 1979, foram feitas as primeiras inscrições de bens na Lista do Património Mundial. A Lista conta, em Dezembro de 2005, com 812 bens inscritos em 137 Estados-parte da Convenção, sendo 628 bens culturais, 160 bens naturais e 24 bens mistos.
Portugal depositou o instrumento de ratificação da Convenção em 1980.
Em 1992, foi criado o Centro do Património Mundial, um organismo autónomo do Secretariado da UNESCO encarregado de gerir administrativamente todas as questões relacionadas com a Convenção do Património Mundial. O Centro edita, desde 1996, a Revista do Património Mundial, disponível, por assinatura, nas línguas inglesa, francesa e espanhola.
As cidades inscritas na Lista do Património Mundial formaram a Organização das Cidades Património Mundial, sediada em Montreal e que promove a reflexão e o intercâmbio de experiências relacionadas com a gestão dos sítios classificados. As cidades portuguesas inscritas na Lista do Património Mundial (Angra do Heroísmo, Évora, Porto, Sintra, Guimarães) são filiadas na Organização.
Conforme estipulado nas Orientações para a aplicação da Convenção do Património Mundial, o Comité do Património Mundial é composto por 21 representantes dos Estados-parte, eleitos para mandato de 6 anos, e tem quatro funções essenciais:

  • Identificar, com base nas propostas de inscrição apresentadas pelos Estados-parte, os bens culturais e naturais de valor universal excecional e inscrevê-los na Lista do Património Mundial; 
  • Vigiar, em ligação com os Estados-parte, o estado de conservação dos bens inscritos na Lista do Património Mundial; 
  • Decidir quais os bens, de entre os inscritos na Lista do Património Mundial, que devem ser incluídos na "Lista do Património Mundial em Perigo"; 
  • Determinar os meios e as condições mais apropriadas de utilização dos recursos do Fundo do Património Mundial para ajudar, na medida do possível, os Estados-parte a salvaguardar os seus bens de valor universal excecional.

Nos Açores existem duas áreas classificadas como Património Mundial da UNESCO, a Cidade de Angra do Heroísmo, e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.
Para mais informações consulte os links abaixo:
https://www.siaram.azores.gov.pt/patrimonio-cultural/_intro.html

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Pesca de profundidade pode ser sustentável se regulamentada e baseada em artes de linha e anzol

15-05-2014 15:44

Um estudo divulgado pelo IMAR do Departamento de Oceanografia e Pescas, da Universidade dos Açores, demonstra que os impactos nos ecossistemas do mar profundo são muito menores quando é usada a arte de pesca com palangre de fundo e defendem que esta é uma boa alternativa à pesca de arrasto.

A pressão das atividades humanas nos Oceanos tem aumentado significativamente nos últimos anos. O aumento da procura por recursos naturais e minerais, alimentadas pelo rápido desenvolvimento tecnológico abriu a exploração a áreas anteriormente inacessíveis, e uma expansão acentuada das atividades humanas em direção às águas mais profundas.

Contudo, as atividades humanas em geral e a pesca de arrasto de fundo em particular estão a ter um impacto devastador no ecossistemas do mar profundo, alterando a morfologia do fundo do mar, as suas propriedades físicas, e com consequências dramáticas para as comunidades que aí habitam.

Neste sentido, tem vindo a ser discutidas as estratégias que permitam o uso sustentável dos recursos marinhos, minimizando o impacto das atividades humanas e promovendo a conservação do mar profundo. Dando um contributo valioso para esta discussão, o IMAR da Universidade dos Açores publicou recentemente um estudo onde sugere que a arte de pesca com palangre de fundo, poderá ser uma boa alternativa à pesca de arrasto e pode contribuir para se atingir uma exploração sustentável das pescarias do mar profundo.

Os resultados desse estudo, mostram que um lance de pesca com arrasto têm o mesmo impacto no fundo do mar que 300-1700 lances de palangre. Dadas as diferenças na magnitude dos impactos, associado à sua seletividade e baixo consumo de combustível, o estudo sugere que uma atividade de pesca de profundidade bem regulamentada baseada em artes de linha e anzol poderá contribuir para a exploração sustentável do mar profundo.

(Rádio Atlântida)

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Governo dos Açores anuncia projeto para classificar Santa Maria como primeiro Paleoparque de Ilha do mundo

15-05-2014 15:40

O Secretário Regional dos Recursos Naturais anunciou hoje, em Vila do Porto, na cerimónia de apresentação do projeto da Casa dos Fósseis, presidida pelo Presidente do Governo dos Açores, que a Região vai apresentar ainda este ano o projeto para classificar Santa Maria como o primeiro Paleoparque de Ilha do mundo.

Luís Neto Viveiros afirmou que o Governo dos Açores ambiciona projetar o “potencial de exploração do património paleontológico da ilha de Santa Maria” através da sua classificação como “o primeiro paleoparque de ilha do mundo", contando com a colaboração da Universidade dos Açores (UAç), da IPA (International Palaeontological Association) e do Geoparque Açores.

O Secretário Regional adiantou ainda que se pretendem estabelecer “parcerias com as empresas locais”, funcionando este projeto “como um importante complemento à oferta turística já existente na ilha e aumentando a competitividade territorial de Santa Maria no contexto regional”.

 “Numa perspetiva de continuidade e complementaridade do projeto Rota dos Fósseis, o Paleoparque de Santa Maria pode colocar novos conteúdos à disposição das empresas que exploram o Turismo de Natureza, aproveitando, por exemplo, o crescimento exponencial que o 'geocaching' está a conhecer a nível internacional”, afirmou.

Luís Neto Viveiros referiu-se ainda à Rota dos Fósseis, implementada em parceria com a UAç, e à vantagem de criação de ofertas 'Power Trails', ou seja, histórias com mistérios e pistas geológicas e paleontológicas que levam à descoberta da localização de caixas para três dos trilhos já caraterizados na ilha.

 “Pretendemos, portanto, também por esta via, proporcionar condições para que os privados possam aproveitar e desenvolver novas oportunidades de negócio, gerando riqueza local e potenciando a criação de novos postos de trabalho diferenciado”, afirmou o Secretário Regional.

Luís Neto Viveiros afirmou que a construção da Casa dos Fósseis, anexa ao Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo e que vai integrar a rede regional de Centros Ambientais, “assenta nos objetivos expressos pelo Governo dos Açores de proporcionar uma maior divulgação do rico espólio de elementos paleontológicos e geológicos existentes nesta ilha, onde se encontra a maior jazida de fosseis a céu aberto do Atlântico Norte”.

 “O Governo dos Açores desencadeará, de imediato, os procedimentos para o lançamento da empreitada de construção e, no próximo ano, avançará com a produção e aquisição dos conteúdos da exposição”, que foi apresentada por Sérgio Ávila, da Universidade dos Açores.

No conjunto, o investimento previsto para a Casa dos Fósseis ronda os 600 mil euros.

Já este ano, abre também ao público a ampliação da área de exposição de fósseis do Centro de Interpretação na Pedreira do Campo.

(GaCS)


 

 


 

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Ameaças à biodiversidade

15-04-2014 22:02

Depois de identificado o valor da Biodiversidade,  e diversidade existente de flora e fauna, obriga-nos a uma reflexão  das  ameaças desses Habitats naturais e seminaturais bem como espécies de flora e fauna ameaçadas e com elevado interesse científico.

Proença et al (2009) revela que  Portugal é uma região de elevada biodiversidade com  diversas espécies e habitats onde "inclui também os arquipélagos dos Açores e Madeira região (...), da Macaronésia".

Esta biodiversidade tem uma diversidade  de tipologias de ecossistemas que são considerados hotspots para biodiversidade, pelas suas qualidades por excelência para a vivência de um elevado número de espécies, como são exemplo os Lagos tropicais e as zonas húmidas (Myers, 1996).

As ameaças de uma forma geral estão associadas a fatores analogos, contudo as ações de erradicação, devem ser avaliados de acordo com as carateristicas de cada ecossistema. Os Açores,  segundo Paulo Borges,  da Universidade dos Açores, " devem o seu potencial ao facto de terem ainda alguns dos habitats mais bem preservados da Europa".  De registar que das mais  de 400 espécies endémicas dos Açores, cerca
de 90 % são invertebrados, uma percentagem superior à verificada a nível global.

Esta constatação, aliada às condições edafo-climáticas e de insularidade de alguns locais, favorecem o endemismo de espécies, e os Açores são um bom exemplo. A insularidade do arquipélago, origina características únicas de habitats e por conseguinte particularidades nas suas espécies, levando à existência de hotspots de Biodiversidade  como é o caso aqui já referido, do Pico alto na ilha de Santa Maria.

Contudo, estes ecossistemas, são locais propícios para a concentração de biodiversidade e a possibilidade de endemismos, encontram-se cada vez mais ameaçados, directa ou indiretamente pela ação antropogénica. Deste modo a preocupação  com os impactos negativos destes sobre os ecossitemas, despertam consciências para a importância da sua conservação.

Todavia as ameaças e alterações verificadas associadas a fatores de demografia, economia, fatores sociopoliticos, culturais e religiosos, científicos e tecnológicos (in Millennium Ecosystem Assessment, 2005), originaram   o aumento exponencial da população mundial, consequentemente a proliferação e ocupação de terrenos não urbanizados, de elevada importância Biológica (e.g  zonas costeiras, de  ecossistemas das Zonas Húmidas), conduzindo à ameaça da sua biodiversidade, ainda acompanhada por vezes da proliferação de espécies invasoras.

Segundo Proenca et al (2009) define "espécies invasoras  por espécies introduzidas (espécies não nativas) que conseguem obter sucesso reprodutor e colonizar áreas afastadas do local onde foram inicialmente introduzidas, provocando muitas vezes modificações e desequilíbrios nos ecossistemas invadidos (Mooney e Hobbs, 2000)." (pag: 139)

Em Portugal, a expansão de espécies invasivas está a ameaçar a biodiversidade nativa sendo já um grave problema ambiental (Almeida e Freitas, 2001). De acordo com o Decreto-Lei n.º 565/99 de 21 de Dezembro, 400 espécies de plantas são consideradas introduzidas das quais 27 são invasoras. Das espécies invasoras que afectam presentemente os ecossistemas portugueses destacam-se ", as espécies do género Acácia, a Azolla sp., o chorão-das praias (Carpobrotus edulis) e o jacinto-de-água (Eichornia crassipes) (Almeida e Freitas, 2001; Marchante e Marchante, 2006a). Estas espécies têm tido impactos negativos sobre a biodiversidade nativa local.  (apud Proenca et al 2009)  

Emerge assim a necessidade  cada vez maior de monitorização e o controle da expansão destas espécies,  para garantir a integridade dos ecossistemas e a conservação das espécies nativas que com elas coexistem, com maior relevância num atual contexto de alterações climáticas. Não apenas as espécies já consideradas invasoras, como também outras espécies introduzidas mas ainda sem capacidade de invasão, podem ver o seu crescimento populacional e dispersão favorecidos perante as novas condições. (Proenca et al 2009) 

Dubley et al (2007), propôs sistemas de certificação através da criação de listas em sites sobre " património mundial em perigo"; "de Sítios Ramsar", para comparação e avaliação, e desenvolver sistemas padronizados nestas áreas com acesso global.

Largos passos se tem dado junto da comunidade cientifica, despontando cada vez mais publicações nesta área, segundo a Conservation International, ao longo dos últimos anos o caso da zona do Pico Alto, na ilha de Santa Maria, é exemplo destes trabalhos, designado de hotspot de biodiversidade, alvo de estudo por diferentes investigadores internacionais e regionais, associado a estes, o Governo Regional, decreta como área protegida para gestão de habitats e espécies (Decreto Legislativo Regional n.º 47/2008/A de 7 de Novembro, alterado e republicado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 39/2012 de 19 de Setembro), ressalvando assim a biodiversidade existente e a sua importância de conservação na temática dos endemismos dos Açores.

Ainda, segundo Borges, P. & Gabriel, R. (2009). Predicting extinctions on oceanic islands: arthropods and bryophytes / Estimar extinções em ilhas oceânicas: artrópodes e briófitos., a zona do Pico Alto (S. Maria) é um dos principais locais de biodiversidade dos Açores, nomeadamente, com quatro espécies de escaravelhos endémicos que representam o caso mais notável de especiação na fauna de artrópodes do Açores, com quatro espécies diferentes vivendo no mesmo pequeno fragmento, e uma das áreas mais importantes para a conservação dos briófitos na ilha de Santa Maria.

No entanto, esta biodiversidade merece alguma preocupação, uma vez que a área do Pico Alto e circundante possui flora infestante, que devido à suas características tendem a superar a flora endémica e autóctone, à qual a fauna particular deste local se associa, a fauna infestante mais comum é a Conteira (ou Roca-da-velha) - Hedychium gardneranum e o Incenso - Pittosporum undulatum.


O Governo Regional dos Açores, implementou vários projectos internacionais com ações de conservação de plantas endémicas e consequente conservação dos habitats em que eles se integram, a necessidade e relevância de ações na remoção de espécies invasoras, nomeadamente o PRECEFIAS (Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora em Áreas Sensíveis) com a reposição de flora endémica.

No caso da Ilha de Santa Maria a área do Pico Alto tem-se desenvolvido o combate direccionado ao Pittosporum undulatum  e ao Hedychium. gardnerianum, uma vez que são estas invasoras que estão a degradar o habitat crítico da espécie alvo, P. azorica, e por conseguinte o habitat crítico de todo um rol de organismos associados à Floresta Laurissilva em que esta espécie se enquadra e portanto a ela associados

Estas acções de protecção vão de encontro à bibliografia Millennium Ecosystem Assessement (2005), a qual indica diversas formas de alteração das ameaças inerentes à biodiversidade.

Importa referir que a metodologia aplicada segundo dados disponibilizados pela diretora do Parque Natural, permitiram obter os melhores resultados.

Assim, foi adequado uma metodologia de acordo com o ecossiatema, e as espécies existentes. Deste modo não se induziu alterações bruscas no habitat e no regime de luz, para não ter impatos o negativas para a população de P. azorica, o combate foi feito por manchas, de modo a proceder-se a uma abertura gradual no povoamento. Foram introduzidos reforços da população com novas plantas (com material vegetativo proveniente desta mesma população) para evitar uma nova invasão por parte das espécies invasoras.

Esta ação é fundamental para a recuperação da vegetação nativa da ilha mais antiga dos Açores e consequentemente manutenção de um ecossistema único no arquipélago.

Estes métodos aplica-se o controlo físico, o arranque e transporte para vazadouro, com destruição evitando a propagação das sementes e nas  árvores adultas efetuaram-se cortes em todo o perímetro do tronco com catana e/ou motoserra de uma faixa com cerca de 15 centímetros em todas as árvores de 10 ou mais centímetros de diâmetro, para interrupção do câmbio vascular, estes trabalhos são acompanhados de algum controlo químico nomeadamente a pulverização com glifosato e pincel.

Em suma as ameaças  da biodiversidade remetem-nos para uma reflexão emergente das ações humanas, é  urgente evitar a destruição de habitats e a extinção de espécies . A emergência dum enquadramento legislativos a nível internacional, regional e local, só por si não minimiza os impato negativos nestes recursos naturais, necessitamos de implementar estratégias, de mudanças no uso e cobertura vegetal, introduzir e
remover espécies de flora invasora, evitar a sobreexploração, a poluição, as alterações climáticas e as causas antropogénicas, na promoção da sustentabilidade da biodiversidade.


Bibliografia:

Borges, P.A.V., Cunha, R., Gabriel, R., Martins, A.F., Silva, L. & Vieira, V. (eds.), (2005). A list of the terrestrial fauna (Mollusca and Arthropoda) and flora (Bryophyta, Pteridophyta and Spermatophyta) from the Azores.Direção Regional do Ambiente and Universidade dos Açores, Horta, Angra do Heroísmo and Ponta Delgada.

Borges, P. & Gabriel, R. (2009). Predicting extinctions on oceanic islands: arthropods and bryophytes,  Universidade dos Açores, Horta, Angra do
Heroísmo and Ponta Delgada

Borges, P.A.V., Costa, A., Cunha, R., Gabriel, R., Gonçalves, V., Martins, A.F., Melo, I., Parente, M.,Raposeiro, P., Rodrigues, P., Santos, R.S., Silva, L., Vieira, P. & Vieira, V. (Eds.) (2010). A list of the terrestrial and marine biota from the Azores. Princípia, Oeiras, 432 pp

DUDLEY, Nigel , HOCKINGS Marc & STOLTON Sue (2004) Options For Guaranteeing the Effective Management of the World's Protected
Areas, Journal of Environmental Policy & Planning, 6:2, 131-142,

Impacts of Biodiversity. Conservation International. Disponível em https://www.conservation.org/where/priority_areas/hotspots/Pages/impact_of_hotspots.aspx. Acedido a 15 de abril de 2014,

Millennium Ecosystem Assessment (2005). Ecosystems and Human Well-being: Biodiversity Synthesis. World Resources Institute, Washington, DC,

Myer, Normen. (1996),  Biodiversity II. The rich diversity of biodiversity issues, Oxford university, whashington DC: 125-138,

Portal da biodiversodade da universidadde do Açores no site: https://www.azoresbioportal.angra.uac.pt/listagens.php?lang=pt&sstr=4&id=F00360, acedido a 15.04.2014,

Precefias acedido no site : https://www.azores.gov.pt/Gra/srrn-natureza/conteudos/projectos/2012/Abril/PRECEFIAS.htm?lang=pt&area=ct,
15-4-2014.

Proença, V. et al. (2009) Biodiversidade in "Ecossistemas e Bem-estar humano - Avaliação para Portugal do Millennium Ecosystem Assessment" Escolar Editora






 
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
 



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Importância das espécies endémicas, na conservação da biodiversidade

11-04-2014 23:19

Segundo Federico Cardigos, as espécies endémicas são por definição científicas, aquela cuja distribuição natural está limitada a uma área conhecida. Deste modo é importante, por uma questão de responsabilidade, nas áreas de distribuição natural destas espécies deve ser dada particular atenção à sua conservação.

Por outro lado a questão de oportunidade. É que a probabilidade de observar um determinado organismo é
muito mais elevada na sua área de distribuição natural. Por outro lado, há muitos puristas que apenas valorizam a observação das espécies nos seus habitats naturais". (Cardigos, 2011)

No caso dos Açores temos muitas espécies endémicas, identificadas ao longo dos séculos. Aquando
da descoberta do arquipélago com apenas cinco séculos, as ilhas estariam cobertas por uma densa vegetação de floresta Laurissilva, com característica húmida subtropical a temperada, composta por árvores da família das lauráceas, isto é, por espécies arbóreas, perenifólias, de folhas grandes.

A origem desta floresta Laurissilva remonta aos períodos do Miocénico e Pliocénico da época Terciária,
período em que esta floresta ocupava toda a área, da agora bacia do Mediterrâneo, Sul da Europa e Norte de África. As alterações climáticas, no período Quaternário, na Europa e Norte de África, provocaram uma quase extinção na Europa continental, e quase desapareceu no Norte da África, devido ao avanço
da aridez.

Esta floresta Laurissilva sobreviveu nos arquipélagos dos Açores, da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde, região biogeográfica da Macaronésia, devido ao efeito de isolamento e amenização causado pelo Oceano Atlântico, salvaguardando ecossistemas constituídos por espécies de vegetação de elevada riqueza.

As aves, foram importantíssimas no estabelecimento da Laurissilva nos Açores, uma vez que as bagas de maior dimensão, como as de louro (Laurus azorica), de pau branco (Picconia azorica) e azevinhos (Ilex azorica),terão chegado aos Açores com auxílio das mesmas associadas também às correntes marítimas.

Atualmente, a vegetação Laurissilva nos Açores ocorre de forma residual, encontrando-se apenas manchas
isoladas que raramente ultrapassam os 10 m de altura. Existem cerca de 75 espécies exclusivas do arquipélago, isto é, que não se encontram de forma espontânea em mais nenhum sítio do mundo; estas são as chamadas espécies endémicas. Das 1110 espécies de plantas vasculares (Lycopodiophyta, Pteridophyta, Pinophyta e Spermatophyta) reportadas para os Açores, foram compiladas numa lista, 647 para a ilha de Santa Maria, das quais 36 são endémicas do arquipélago.

Existe um elevado número de briófitos, cerca de 480 conhecidos, sendo sete considerados endémicos. O clima húmido e a localização geográfica dos Açores contribuem para uma elevada diversidade de briófitos. Segundo a listagem existem cerca de 216 espécies das 3 ordens da divisão Bryophyta (Bryopsida, Marchantiopsida e Anthocerotopsida) na ilha de Santa Maria.

Há quem considere  a vidália, de nome científico Azorina vidalii. O verdadeiro símbolo vivo dos Açores.

É o único organismo dos Açores que, para além da espécie, é endémico ao nível do género. Para quem não
esteja familiarizado com esta forma de classificação, digamos que no mundo inteiro não há nada, sequer, parecido! É mesmo nosso, muito mais açoriano que qualquer açoriano. Para além disso, a vidália dá um conjunto de flores lindíssimas. (PNI-SMA)


Todavia, o endemismo mais conhecido nos Açores é o Priolo, Pyrrhula murina. Este pequeno pássaro tem a sua distribuição natural limitada à Serra da Tronqueira e seus arredores no Concelho do Nordeste e Povoação da Ilhade São Miguel.

Segundo Paulo Borges et al, o total de biodiversidade nos Açores é de mais de quatro centenas de espécies endémicas, pode se considerar
meio milhar de possibilidades de turismo direcionado e exigente, para ver estas espécies in loco. O que potencia um turismo de natureza altamente rentável, contudo existe o risco deste turismo não ser sustentável nestes ecossistemas, daí a necessidade cada vez maior da preservação e conservação das espécies endémicas, nas áreas frágeis destes ecossistemas.



Bibliografia:

Cardigos, Federico, acedido no site https://www.cardigos.org/frederico/, a 11.04.2014

Borges, P.A.V., Cunha, R., Gabriel, R., Martins, A.F., Silva, L. & Vieira, V. (eds.), (2005). A list of the terrestrial fauna (Mollusca and Arthropoda) and flora (Bryophyta, Pteridophyta and Spermatophyta) from the Azores.Direção Regional do Ambiente and Universidade dos Açores, Horta, Angra do Heroísmo and Ponta Delgada

Guia de Parque Natural da Ilha de Santa Maria, Governo Regional dos Açores.

Pedro Cardoso, Paulo A. V. Borges, Ana C. Costa, Regina Tristão da Cunha, Rosalina Gabriel, António M. de Frias Martins, Luís Silva, Nídia Homem, Mónica Martins, Pedro Rodrigues, Berta Martins & Enésima Mendonça, A perspectiva arquipelágica: Açores (s/a), Universidade dos Açores, Dep. de Ciências Agrárias - CITA-A (Azorean Biodiversity Group), Açores, Portugal.

Portal da Biodiversidade dos Açores, acedido no site:  https://www.azoresbioportal.angra.uac.pt a 11.04.2014.

SIARAM-Sentir e interpretar o ambiente dos Açores acedido no site: https://www.siaram.azores.gov.pt/intro.html, a 11.04.2014.



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(Rostraria azorica)- Endémica de Santa Maria

06-04-2014 16:56

Em geral a rostraria azorica, configura-se com colmos eretos; 2,5-18 cm de
comprimento, com ramos laterais, e folhas bainhas púberes.

Tem uma membrana eciliate; de 0,5-1,5 mm de comprimento; dilacerar; obtuso. Folha-lâminas 2-11
cm de comprimento; 1,5-3 mm de largura, com  folha-púberes.

De referir que rostraria, existem uma variedade de espécies identificadas ao longo da historia,  a rostraria trin, segundo Lophochloa Rchb, em Brummitt, 1978) (Aveneae, Poaceae) define a espécie por cerca de dez espécies, distribuídas por todo o Mediterrâneo. (apude, Henderson & Schafer, 2003)

Temos a rostraria cristata (L.) Tzvelev é a espécie mais comum encontrada no Macaronésia. Foi registada pela primeira vez nos Açores em 1838 por Hochstetter & Guthnick (Seubert & Hochstetter,1843:10; Seubert de 1844: 20) em São Miguel, e também já foi encontrado em todas as outras ilhas dos Açores com a exceção do Pico e Flores.

Outra espécie da mesma família é a rostraria pumila, está registada pela existência nas ilhas Canárias e Porto Santo, um novo registro da espécie do Cabo Verde Ilhas. Esta espécie no geral, não ocorrem na Açores.

Ainda e de uma forma incomum de rostraria cristata foi observado por CE Hubbard em 1969, quando ele examinou uma amostra de Santa Maria, durante uma expedição  aos Açores (Dansereau & da Silva 289). A partir da evidência disponível, considerou-se como nova espécie de "Lophochloa"(ver Silva & Silva, 1974: 84). Dez anos mais tarde, Eriksson, Hansen & Sunding (1979) inclui as espécies Lophochloa azorica A.Hans.na
sua lista de verificação. Citado como uma endémica e encontraram apenas na ilha de Santa Maria. (apude, Henderson & Schafer, 2003)

A rostraria azorica S.Hend é uma espécie de plantas da família das Poaceae (gramíneas), endemismo dos
Açores. Ilha de Santa Maria., designada por Rostraria azorica S. Hend. Esta espécie está integrada no reino de plantas, englobadas na divisão das  Spermatophyta e subdivisão as Magnoliophytina.

Salienta-se que da mesma está classificada de acordo com enumeras características, nomeadamente:

Integra a classe: da Liliopsida, orde

Ordem: Poales

Família: Poaceae

Género: Rostraria

Endémica dos Açores: Sim

Segundo, Rui Bento Elias & Prof. Luis Silva, estas ramificam na ilha de Santa maria, nas zonas
identificadas no mapa a verde

De referir que em Santa Maria, existem uma diversidade de espécies, que fazem parte também da lista de espécies que existem nas outras ilhas e mesmo da Macaronésia.Contudo existem espécies únicas na ilha, nomeadamente Aichryson villosum e Trovisco -Macho Euphorbia stygiana santamariae.

Bibliografia:

Borges, P.A.V., Cunha, R., Gabriel, R., Martins, A.F., Silva, L. & Vieira, V. (eds.), (2005). A list of the terrestrial fauna (Mollusca and Arthropoda) and flora (Bryophyta, Pteridophyta and Spermatophyta) from the Azores.Direção Regional do Ambiente and Universidade dos Açores, Horta, Angra do Heroísmo and Ponta Delgada.

Elias, Rui Bento & Silva, Luís, acedido; https://www.azoresbioportal.angra.uac.pt/listagens.php lang=en&sstr=4&id=F00716&dis=stmaria  a 6 de Abril de 2014

Henderson, S & Schafer, H (2003) Synopsis of the genus Rostraria (Poaceae) in the Azores, Botanical Journal of the Linnean Society, 141 , 125-131. With 3 figures.

Schäfer, H., (2002). Flora of the Azores, A field guide. Weikersheim, Margraf Verlag, 264 p.

Secretaria Regional dos Recursos Naturais. Sentir e Interpretar o Ambiente dos Açores. Fauna. Aves Marinhas.




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Ave mais pequena da Europa vive nos Açores e corre risco de extinção

28-03-2014 10:14

28-03-2014
 

A ave mais pequena da Europa, a estrelinha de Santa Maria, nos Açores, corre risco de extinção devido à degradação do habitat, encontrando-se na lista dos 13 vertebrados mais ameaçados do país.

"É o próprio Instituto Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade que plasma a estrelinha de Santa Maria [ou estrelinha de poupa] com o estatuto de perigo de extinção", referiu à agência Lusa o coordenador do Clube de Amigos Defensores do Património de Santa Maria, José Andrade Melo.

A estrelinha de Santa Maria, que se alimenta de insetos, vermes e aranhas, possui apenas oito a nove centímetros de comprimento e 12 a 14 de envergadura, é considerada importante no controlo biológico de algumas espécies e muito procurada no âmbito da atividade de 'birdwatching', isto é, observação de aves.

José Andrade Melo explicou que a estrelinha de Santa Maria sofreu uma "regressão significativa" do seu efetivo nas duas últimas décadas, à semelhança do que aconteceu com o priolo, devido à perturbação do seu habitat natural e consequente redução dos alimentos.

A estrelinha de Santa Maria, que possui o nome científico de 'regulus regulus sanctae-mariae', vive em zonas dispersas na ilha, concentra-se na zona do Pico Alto e no Barreiro da Faneca. Prefere zonas arborizadas que contenham espécies de laurissilva (floresta húmida subtropical apenas existente na Macaronésia) para pernoitar e nidificar.

(Correio da Manhã)

 

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Um pouco daquilo que se faz em Santa Maria pela biodiversidade.



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